O HOLOCRON

Abdul sentou-se olhando para o Holocron. Sentia um misto de ansiedade e alegria por ter encontrado um dos raros objetos de conhecimento Jedi. Finalmente poderia avançar em seu treinamento. Os tempos sombrios significavam para ele a ausência de um mestre para transmitir lições. Dois jedis juntos eram uma perturbação na força, como um holofote em meio à noite escura. E fora exatamente por isso que sua mestra o enviara em busca dos Holocrons.

O jovem Jedi sentou-se em posição meditativa e contemplou o cubo, admirado pela transparência do cristal e beleza da arquitetura. Ficou imaginando quanto conhecimento

seria necessário para criar um artefato como aquele.
Procurou concentrar-se, limpando a mente de toda influência externa e qualquer sentimento. Aos poucos os sons de Nar Shaddaa foram diminuindo e ele entrou em transe. Sentiu que começava a se formar uma ligação com o Cubo.

 Então, o ambiente foi tomado por uma luz azul que saia do cubo e aos poucos uma forma humanoide apareceu em sua face superior. Uma voz rompeu o silêncio na mente de Abdul…

“Sou o mestre Jedi Belth Allusis. O que deseja, jovem Jedi?”
“Abdul Sha’nar, padawan da mestra Shaak Ti. Este holocron foi perdido durante o expurgo jedi e eu o encontrei. Gostaria de levá-lo são e salvo para as mãos de minha mestra e gostaria muito de poder aprender os segredos que tem a compartilhar, com o objetivo de deixar o legado dos jedi vivo por eras.”

“Sinto nobreza em seu coração Jovem Jedi, mas também sinto um lado sombrio. Você ainda não está pronto para acessar meu conhecimento. Você tem uma jornada difícil por caminhos escuros à sua frente, se mantiver seu coração puro e livre de emoções negativas será ser digno deste Holocron. Tenha paciência pois ela é uma virtude e poder demais nas mãos de alguém despreparado é como uma bomba nas mãos de uma criança!”

“Entendo perfeitamente o que quer passar. No entanto, preciso relatar a minha mestra sobre o que este holocron fala. Pois dependendo principalmente do que se trata, pode ser uma arma poderosa em mãos erradas. Garanto que estou me purificando da presença deste lado negro… e estou em uma jornada de auto conhecimento. E mesmo sendo novo, tenho a coragem suficiente para aceitar as conseqüências do que verei neste holocron. E prefiro morrer e unir me a força a revelar os segredos deste holocron a usuários do lado negro ou a alguém indigno.”

“Como já foi dito, sinto nobreza em seu coração! Mas quando for o momento certo, você será conhecedor dos segredos deste artefato!”
O cubo, então, se apagou, cortando a conexão com o padawan.

Frustrado, Abdul devolveu o holocron a Kadlo e Liluh, pensando:

“Como vou fazer para convencê-los a me deixar ficar com o cubo ao invés de entregá-lo para Blaba!”